Inverossímil? Nem tanto. Se até as circunstâncias do assassinato do ex-presidente dos EUA John Kennedy foram deturpadas de forma clamorosa...
quinta-feira, 2 de maio de 2024
O DESABAFO DE UM JORNALISTA AMIGO DE SENNA: "QUEM É QUE PÁRA A MÁQUINA DE FAZER DINHEIRO DA FÓRMULA 1?".
Inverossímil? Nem tanto. Se até as circunstâncias do assassinato do ex-presidente dos EUA John Kennedy foram deturpadas de forma clamorosa...
quarta-feira, 1 de maio de 2024
ESTE TRIBUTO A AYRTON SENNA É, ATÉ HOJE, MEU ÚNICO ARTIGO SOBRE AUTOMOBILISMO
O fascínio da Fórmula 1 tem tudo a ver com o instinto de morte, que Freud detectou como sendo um dos componentes essenciais de nossa psique e de nossa cultura. O herói do volante desafia o perigo a cada curva e o público junto com ele, numa identificação tão mágica quanto cômoda.
Pior: sua condição de ídolos depende não apenas de receberem a bandeirada na frente, mas de guiarem com arrojo e agressividade. Os fãs cobram esta atitude temerária. Ai dos Prosts que pensam antes na autopreservação, colocando a vitória em segundo plano! São tidos como covardes.
terça-feira, 30 de abril de 2024
CINEMA, MULHERES E OPRESSÃO NO IRÃ
Protestos contra a morte na prisão de Mahsa Amini, detida em 2022 por cobrir a cabeça de forma incorreta |
Charge do heroico Charlie Hebdo contra o obscurantismo |
domingo, 28 de abril de 2024
O FIASCO DA ESQUERDA INSTITUCIONAL NO CONTEXTO DE GUERRA E DEPRESSÃO
Não me apraz constatar que a esquerda de há muito se conformou com um infrutífero papel de diluição do seu conteúdo revolucionário, anticapitalista, para se adaptar à forma de relação social própria ao sistema produtor de mercadorias, na vã tentativa de humanizá-lo.
O mais grave é que isso ocorre no exato momento da sua desintegração total, evidenciada pelo pipocar das guerras e movimentos migratórios sem precedentes na história mundial, em face da inviabilidade estrutural dos conceitos de forma e conteúdo desse mesmo sistema.
Assim, essa esquerda acaba por concordar implicitamente com a tese equivocada de que o capitalismo pode se adaptar às mutações sociais próprias ao movimento dialético da história tornando-se eterno.
Dessa forma, no Brasil a esquerda institucional oPTou pela socialdemocracia e está definhando juntamente com a sua escolha de administração e participação política: a ordem econômica-institucional capitalista.
Essa é a razão básica do crescimento da direita, que sem oposição consistente e duradoura, tenta fazer vingar os seus postulados retrógrados que encontram eco numa sociedade desesperada, desinformada e inconsciente de si mesma.
Por aqui, há quase onze anos, em 2013, na cidade de São Paulo, Meca do capitalismo da América do sul, houve uma explosão de insatisfação popular por conta de um gatilho de tal estado de ânimo: um mero aumento de passagens. Um gatilho que gerou turbulências que perduram até hoje.
Diante da ausência de comando de organismos sindicais e partidos da esquerda, que preferiram condenar o movimento, como ficou clara na posição da presidenta Dilma Rousseff, a direita “deitou e rolou” com seu discurso neofascista, recebendo apoio de uma classe média que, embandeirada de verde-amarelo, estimulou o impeachment que veio já em 31 de agosto de 2016, tendo o ex-petista Hélio Bicudo como signatário e sendo aceito pelo abominável presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e referendado pelo legislativo.
Tudo ocorreu num prazo de pouco mais de três anos e foi o estopim da ascensão ao poder político federal de um deputado federal do baixo clero, de baixíssima capacitação moral e competência para o exercício do cargo: Bolsonaro, o ignaro.
Resultado: fomos os campeões em porcentagem de mortes por uma epidemia sanitária - cerca de 10% do total das mortes calculadas em 7 milhões, quando temos apenas 3% da população mundial-, em face da demora do uso de vacinas e da incitação governamental à normalização e manutenção das atividades sociais - comércio, produção de mercadorias, serviços, escolas, etc. -, para ficarmos apenas nesse dado irrefutável de comportamento irresponsável e genocida.
A ordem capitalista, na sua percepção do desastre sistêmico iminente que paira sobre sua cabeça, encontrou sobradas razões para anular um processo judicial parcial e midiático - não esqueçamos que a mesma rede Globo que hoje condena a lava jato, é aquela que tinha o privilégio de transmitir ao vivo e à cores as espetaculares prisões e arbitrariedades -, e trouxe ao processo eleitoral aquele que poderia vencer o tresloucado presidente candidato à reeleição, que deixara de servir aos interesses dos donos do PIB por sua idiossincrasia.
Tal qual Tancredo Neves no passado, que sempre serviu de válvula de escape à direita para os momentos de tensões políticas e de ameaças à ordem institucional capitalista, trouxeram de volta o conhecido e moderno conciliador socialdemocrata que, para muitos trabalhadores desempregados, mal-empregados e pequenos comerciantes representava a lembrança de tempos mais venturosos: Luiz Inácio Lula da Silva.
O personagem perfeito para cumprir o papel de administrador da crise de depressão capitalista mundial sob o manto da esmaecida estrela vermelha do socialismo mundial cooptado.
Ufa!! Retiramos o bode da sala!!
Mas, passado ano e meio do alívio, eis que temos que encarar a realidade. Há dez anos temos um PIB pífio e que se anuncia como ainda menor para este ano do que foi no ano passado, isso após 10 anos de paralisia econômica.
Mas não devemos acreditar no senso de justiça das três principais instituições da democracia burguesa - parlamento, judiciário e força militar - a serviço dos donos do PIB daqui e do mundo, que agem de acordo com a direção dos ventos tal qual as birutas dos aeroportos.
Temos problemas estruturais que já não encontram paliativos nas conhecidas medidas políticas e econômicas tradicionais que se expressam:
- nos renitentes altos níveis de desemprego;
- nos baixos salários médios que fazem os sindicatos se silenciarem por medo de demissões em massa e se enfraquecem por não apresentares soluções consistentes para seus associados;
- na ameaça de retomada da inflação, que representa confisco de salários já defasados;
- no aumento da criminalidade e poderio do crime organizado;
- na contradição do discurso de preservação ambiental em contraponto à ênfase na produção e distribuição de petróleo;
- na necessidade governamental de obediência às exigências ditatoriais de mercado que se contrapõem às justas necessidades do povo, sob pena de êxodo de investimentos;
- na frustração pela sempre postergada retomada do desenvolvimento econômico num mundo em depressão, que promoveria relativo bem estar social;
- nas taxas de juros altas e que incidem sobre uma dívida pública crescente e que penaliza o povo brasileiro (cada buchudinho da favela paga R$ 3.600 de juros ao sistema bancário e rentistas do mundo todo), e que se diferencia dos juros pagos pelos membros do G7, demonstrando quão extorsivo é o sistema bancário mundial;
- e tantas outras contradições que se explicitam no fato de não se poder (e nem se querer) negar aquilo a que se serve e do que se serve, ou seja, no fato da esquerda pretensamente anticapitalista receber benesses, sob as mais variadas formas, para administrar e assumir a falência sistêmica capitalista.
Mas, para desespero dos conformistas, há um clima de guerra mundo afora.
Tal clima de guerra deriva de uma crise estrutural do capitalismo que tenta manter pela força bélica o que já não pode ser contido pelas regras da política diplomática. A insatisfação no interior dos países gera uma ebulição por conta da pretensão de formação de novos blocos pretendentes a se tornarem economicamente e militarmente hegemônicos seguindo a natureza belicosa e competitiva própria ao sistema produtor de mercadorias.
Enquanto isso, a esquerda perde sua referência revolucionária e se perde numa função estranha ao que é, ou deveria ser, seu ethos original para ocupar um espaço de coadjuvante na administração política do capitalismo decadente.
Assim, a esquerda institucional abdica do protagonismo na cena mundial que está a merecer uma intervenção propositiva diferente, emancipatória, salvadora, igualando-se ao papel que os atores capitalistas estão a encenar.
O povo, na sua crença ilusória e simplista da capacidade do poder político governamental de resolver os problemas que se agravam, vê-se diante da repetida frustração da ação governamental em cumprir tal desiderato, e manifesta o seu desencanto a cada ciclo eleitoral, e assim a vida segue com mudanças cosméticas que não alteram a substância do que lhe serve de base.
Mas o espaço de manobra é cada vez mais reduzido no tempo e no espaço e essa é a razão pela qual o governo Lula perde prestígio, fato demonstrado pelas últimas pesquisas de opinião pública.
A política, stricto sensu, na verdade é um poder sem soberania de vontade que foi moldado para servir ao capital e, portanto, não pode se voltar contra seu criador sob pena de deixar de ser o que é: uma esfera meramente serviçal de um senhor absolutista e ditatorial.
À esquerda cabe se reinventar e confrontar essa realidade, por mais dura e difícil que seja, e para merecer a credibilidade duradoura perante a opinião pública.
Isso somente poderá ser alcançado com a negação do poder político vertical imanente à ordem capitalista, ou seja, se se despir da roupagem com a qual se travestiu e que se constitui como contradição contida na afirmação concomitante daquilo que diz negar na sua ação político-social. (por Dalton Rosado)
sábado, 27 de abril de 2024
O BRASIL SE TORNOU UM EVANGELISTÃO?
Musk: rato que ruge em nome da liberdade de empulhação |
Só alguns começam agora a perceber a existência de uma impermeabilidade impedindo os bolsonaristas de captarem as verdades relativas aos direitos sociais.
Dilma botando azeitona na empada do Edir Macedo |
As arengas dos pastores do ódio são corpos estranhos no século 21 |
quinta-feira, 25 de abril de 2024
HÁ 50 ANOS, A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS COLOCAVA FIM À MAIS LONGA DITADURA FASCISTA DA EUROPA
Às 0h25, pelo horário de Lisboa, do dia 25 de abril de 1974 tocava na então Rádio Renascença, católica e defensora da ditadura, a música Grândola, Vila Morena, composta por José Afonso. A música, banida no país pela censura, era a senha para a mobilização das tropas que iriam ocupar a capital portuguesa e derrubar o regime salazarista, existente desde 1926,o mais longo regime fascista em vigor então na Europa.
Surgido no contexto das contrarrevoluções fascistas das décadas de 1920-30, o chamado Estado Novo foi fundado por António de Oliveira Salazar, um simpatizante de Mussolini e de Hitler, e tinha por base um pensamento ultramontano, de conservadorismo católico, tendência antimodernizante, corporativista e anticomunista. Durante suas quase cinco décadas de existência, transformou Portugal no país mais pobre e atrasado da Europa ocidental, graças, sobretudo, à resistência ao avanço pleno das forças capitalistas. O pilar do regime era a manutenção do extenso império transmarítimo, herança do período das navegações, que incluíam possessões na África, Ásia e Oceania. Em suma, cumpria um papel de retaguarda contrarrevolucionária na porta da Europa, pois economicamente nunca havia cumprido qualquer papel relevante no capitalismo contemporâneo.
As colônias, inclusive, foram uma das causas fundamentais para o colapso da ditadura, pois havia quase dez anos Portugal levava adiante custosa e sanguinária guerra na África contra a independência de suas possessões, particularmente de Angola e Moçambique. Até 1974, a guerra já matara e mutilara dezenas de milhares, criando o descontentamento popular com os contínuos alistamentos e o gasto exorbitante para um conflito claramente já perdido. Era, guardadas as devidas proporções, o Vietnã português e, igual ocorria nos EUA à época, alimentava domesticamente uma situação revolucionária.
E essa revolução acabou por vir. O golpe militar desfechado majoritariamente por capitães ocupou o Paço, sede do governo, tomou rádios, TVs, o aeroporto, quartéis e outros prédios públicos chave durante o começo da manhã. Não houve qualquer reação do regime e ao fim do dia, Marcelo Caetano, que havia assumido o poder após a morte de Salazar, se dirigia dentro de um blindado - para evitar o linchamento por parte dos populares - para o aeroporto, de onde seguiria para seu exílio no Brasil.
Povo e soldados confraternizam nas ruas de Lisboa |
Entraram para a história as cenas dos agentes da PIDE - uma espécie de DOI-CODI português - sendo revistados apenas de cuecas pelos militares e depois sendo colocados para dentro das celas das delegacias, as mesmas que pouco antes eram ocupadas por presos políticos.
O Movimento das Forças Armadas -MFA- triunfava pelo país e o povo afluía às ruas para celebrar junto aos soldados, com cravos vermelhos, cânticos de protestos e manifestações massivas. Mas ali era apenas o começo, pois a derrubada do regime foi o ponto inicial de uma profunda revolução socialista que iria se estender até 1975, mais precisamente até o golpe contrarrevolucionário de 25 de novembro daquele ano, o qual colocou fim ao chamado Processo Revolucionário em Curso e marcou a vitória do capitalismo e o encaminhamento do país tal como é hoje.
No entanto, as conquistas da revolução dos cravos são inegáveis. Portugal tinha níveis de pobreza semelhantes aos dos países da América Latina, com índices imensos de analfabetismo, mortalidade infantil e desnutrição. Hoje é um dos melhores países para se viver na Europa, com um robusto sistema de bem-estar social, apesar dos ataques feitos nas últimas décadas. Isso não teria sido possível sem a mobilização dos trabalhadores em conjunto com soldados durante aquele frenético ano de 1974-75.
Em um momento em que a extrema direita cresce por lá, como no resto do mundo, através do fascistóide Chega, de André Ventura, atacando e negando o movimento revolucionário de 25 de abril, é preciso rememorar a contundente ação popular e sempre sonhar com novas revoluções do cravo. (por David Coelho)
quarta-feira, 24 de abril de 2024
SE CÁSSIO SOFRER A MESMA INGRATIDÃO QUE GYLMAR E RIVELLINO, CORINTHIANS PASSARÁ RECIBO DE QUE NÃO MERECE TER ÍDOLOS!
Rivellino se tornou titular do Corinthians aos 19 anos |
Cássio salvando gol do Chelsea em 2012 |
A campanha de desqualificação do Cássio, insuflada por pessoas que atuam mais como identitárias fanáticas do que como jornalistas, bem como por torcedores tão descerebrados quanto aqueles que detonam as últimas tentativas de reação do time lançando sinalizadores que levam à interrupção da partida por vários minutos, finalmente tirou Cássio do sério.
LUTA PELA PALESTINA PODE LEVAR OS EUA A NOVO LEVANTE ESTUDANTIL
Milhares de estudantes universitários estão tomando seus campi em massivos protestos contra a parceria dessas instituições com o Estado de Israel. Na última quinta-feira, 18/04, mais de cem estudantes que acampavam no campus da Universidade de Columbia, em Nova York, foram presos pela polícia local após a reitora, Nemat Shafik, ter jurado perante o Congresso dos EUA que iria iniciar duro processo de repressão aos movimentos estudantis pró-Palestina.
Sob a falácia de que tais protestos estariam disseminando o antissemitismo - a velha falsa cartada -, a feitora da referida universidade autorizou a entrada da polícia no espaço universitário para colocar fim ao acampamento. Além disso, impôs suspensões a dezenas de estudantes envolvidos nas manifestações. Contudo, o tiro, mais uma vez, parece ter saído pela culatra, pois dezenas de outras universidades ao redor do país também começaram a registrar atos massivos de protesto contra o massacre perpetrado por Israel ao povo palestino.
Longe de serem espaços livres do saber e da crítica, as universidades estadunidenses, controladas por poderosas fundações privadas e sustentadas por inúmeros conglomerados empresariais, são parte da estrutura capitalista, fornecendo tecnologia de ponta, construções ideológicas e quadros para a continuidade da reprodução do capital. Nesse sentido, são essenciais para o pleno funcionamento da maquinaria militar dos EUA e de seu Estado-fantoche Israel.
Polícia prende estudante na Universidade de
Columbia, em Nova York
Ao se levantarem exigindo que as universidades encerrem seus vínculos com o terrorismo sionista, os estudantes não apenas se colocam contra o massacre israelense, mas também colocam em xeque a própria lógica de inserção dessas universidades na dinâmica do capitalismo global. Daí a reação furiosa dos "financiadores", na realidade, autênticos proprietários das universidades, que passaram a exigir que os reitores agissem contra os manifestantes.
Aos poucos, vai surgindo um levante universitário semelhante ao ocorrido na época da guerra do Vietnã, quando milhares de estudantes também tomaram os campi universitários ao redor dos EUA para protestar contra a continuidade do conflito, tendo por ápice trágico o assassinato de quatro estudantes pela polícia no campus da Universidade Estadual de Kent, no Ohio. Até o momento, de acordo com o New York Times, pelos menos cinco campi de importância no país já registraram ocupações e confrontos com forças policiais e o número poderá crescer. Em 1970, na Universidade de Kent, a polícia
matou quatro estudantes em ação semelhante
às atuais
É de conhecimento generalizado que os levantes estudantis prenunciam levantes sociais mais amplos. Por estarem mais sensibilizados às pressões econômicas e serem menos atrelados às dinâmicas hierárquicas do mercado de trabalho, os estudantes tendem a abrir a trilha da revolta social antes dos demais grupos, bastando lembrar do exemplo mais emblemático de maio de 1968. O que está começando como manifestações contra o massacre ao povo palestino pode rapidamente escalar para algo mais generalizado, sobretudo se as universidades continuarem seguindo a política repressiva.
A causa é justíssima, pois não se pode fechar os olhos aos massacres perpetuados por Israel. É preciso definitivamente dar um basta aos contínuos crimes desse país e, para isso, é preciso derrotar a máquina que o sustenta, que está localizada nos próprios EUA. Destronar o Imperialismo ianque é fundamental para dissolver a base de sustentação israelense.
O anão Biden, morto-vivo da história, já percebeu o caos prenunciado e essa semana condenou as ações estudantis, já sentindo que ele pode ser o próximo Nixon. (por David Coelho)
terça-feira, 23 de abril de 2024
HÁ 100 ANOS NASCIA PAULO VANZOLINI, UM IMPRESCINDÍVEL DA MPB.
Ignorava que, certamente atendendo aos apelos gerais, Vanzolini acabara permitindo sua gravação. Comprei e toquei até o compacto simples ficar riscado.
"Eu sai da minha terra/ por ter sina viageira./ Cum dois meses de viagem,/ eu vivi uma vida inteira:/ sai bravo, cheguei manso,/ macho da mesma maneira./ Estrada foi boa mestra,/ me deu lição verdadeira:/ coragem num 'tá no grito,/ nem riqueza na algibeira/ e os pecado de domingo/ quem paga é segunda-feira".
"Gente da nossa estampa/ não pede juras nem faz:/ ama e passa e não demonstra/ sua guerra, sua paz ./ Quando o galo me chamou,/ eu parti sem olhar pra trás,/ porque, morena, eu sabia,/ se olhasse, não conseguia/ sair dali nunca mais".